Quinta-feira, 16 de Abril de 2009

nómenos

Acredito mesmo que saber discordar é um sinal inequívoco de maturidade. Discordar tem-me ensinado algumas das mais indispensáveis lições de vida. Toda a música que adoro, todo o livro que idolatro, as pessoas que mais admiro têm em si em comum saberem suscitar em mim o inesperado. Gosto dessa provocação. Contudo, só me interessa a provocação como factor edificante e não como uma espécie de ordália argumentativa. Da discussão nasce a luz, diz-se. Acredito nisto. E quando da discussão não nasce a luz é porque alguém não soube, não sabe como se faz para que se possa discordar. Não aprendeu. A vida não o ensinou a perder. Saber discordar passa por ter já perdido algumas vezes na vida. Sei algumas coisas sobre mim mesmo. Acredito em sair vencido com genuíno prazer. Já me aconteceu muitas vezes. O deleite de perder é algo de muito inestimado. Recordo-me quando, em Ponta Delgada, aos 19 anos, fiz uma audição para ser guitarrista na orquestra de jazz da bbc. Hoje até me embaraça tê-lo feito. Deram-me um grande chuto no rabo, evidentemente. Mas o que retirei daquela experiência de uma semana foi tão incrivelmente construtor em mim que incorporei nesse momento as insuspeitas delícias do insucesso.

A linguagem, a quantidade e a qualidade da linguagem, tem evidentemente um valor imensíssimo para saber escolher uma forma apropriada de expressar essa divergência. O desafio é precisamente esse. Quando alguém me diz “Não concordo consigo”, gera-se em mim uma reacção química estranha que me coloca num estado de suspensão de juízos (aquilo que os gregos chamavam a epochê). Fico à espera de argumentos. A pessoa que os profere desaparece da minha vista. Nada há, nunca, de pessoal contra o contendor, quando me vejo envolvido numa polémica. Apenas as suas ideias me interessam. A pessoa em si não me interessa para nada. Já demasiadas vezes senti os meus argumentos a sucumbir perante inéditas demonstrações vindas dos meus antagonistas. Em todos esses momentos me foi facílimo encontrar onde estava a supremacia dos seus argumentos; nestas ocasiões gera-se em mim uma segunda reacção química que me produz um contentamento surpreendente, uma exultação que não deveria lá estar. Afinal, acabara de “perder”. Perder? Mas "perder", como?

Acredito que vencedor é alguém que percebe que os fundamentos que invocou prevaleceram e não alguém que esteja mais interessado em deixar claro que esses fundamentos eram os seus. A nobreza da derrota é idêntica à humildade da vitória. Nestas ideais circunstâncias, nada distingue realmente um vencedor de um vencido. Deixa, evidentemente, de haver vencedores e vencidos. Um problema foi colocado. Uma solução vingou. O Hermann Hesse dizia querer na sua lápide o seguinte: “Ele deu sugestões. Nós aceitámo-las.” Hegel demonstrou no seu seminal e dificílimo “Fenomenologia da mente”, que, no essencial, não somos sequer portadores de ideias nossas. Apenas poderemos tentar docilizar a aparência das realidades, os fenómenos. Eu creio neste valor dos nómenos, à grega. Discutir, problematizar é procurar essa frutífera domesticação do que percebemos como realidades.

Voltando à terra, queria partilhar aqui o prazer que me deu, aqui há dias, participar numa mínima mas saborosa polémica que teve por estrado o blog do Dr. João Serra. Fala-se ali de coisas comezinhas, mundanas, como escola, leis, sindicatos, maiorias. Muito sucintamente, interrogava-se o meu antagonista até que ponto o processo em que se encontra o Agrupamento de Escolas da Sto Onofre foi ou não sequestrado pelos interesses político-partidário-sindicais de outrem. O contendor é o Dr. Edgar Ximenes, presidente recém eleito do controverso Conselho Geral Transitório que permite a aplicação do novo modelo de gestão escolar na Escola Secundária de Raul Proença (escola que há-de sempre ser uma escola do meu coração por me ter dado já muitos amigos e muitas memórias – todas boas - nos anos em que por lá leccionei). Por estarmos, como estamos, tão contra a suspensão da gestão democrática das escolas e o nascimento de órgãos colegialmente sufragados, e o regresso às gestões unipessoais, muito mais susceptível a arbitrariedades e pressões externas, não podia deixar de tentar contrapor algo de substancial aos argumentos por si utilizados.

Reconheço que a minha paciência não é ilimitada para quem nada mais diz do que generalidades, habitualmente por ter uma agenda definida com a qual procura legitimar as suas próprias decisões. Algo se agita em mim sempre que alguém diz exactamente o que se espera que diga. É, como vos disse, químico. Inapelável. A pequena diatribe que dali resultou é, enfim, aquilo que gosto numa conversa. Trago-a para aqui por achar que é sempre cativante ver duas pessoas que têm genuíno interesse em escutar-se.

As “hostilidades” começaram com este depoimento público do Edgar:

"O estranho caso do Agrupamento de Escolas de Santo Onofre.
Como professor, de profissão, e caldense, do coração, não resisto a intrometer-me nesta conversa. Tenho acompanhado, com interesse mas também com perplexidade, o que se tem passado no Agrupamento de Escola de Santo Onofre, a propósito da implementação do novo modelo de gestão das escolas públicas do ensino básico e secundário, e cujo desfecho, a confirmar-se o que foi noticiado na imprensa local, só vem confirmar que uma ideia, por mais bondosa que seja, não garante um bom resultado.
Para se discutir este caso, com honestidade intelectual, temos que resistir à tentação do “politicamente correcto” e ir ao fundo da questão, sem esquecer que se trata da escola pública, como tal e enquanto tal. No fundo, trata-se de analisar a questão do poder na escola. Poder de quem, contra quem e ao serviço de quem?
O lamentável desfecho deste caso (será que já acabou?) radica em dois males de que padece a escola pública. Por um lado o autismo, arrogância, incompetência e insensibilidade política do Ministério da Educação, por outro lado, a indevida apropriação que a “classe” docente fez da escola pública, como se, para gáudio do sindicalismo jurássico, fosse uma coutada sua. Claro, os professores são sempre os “bons”, cabendo ao Ministério da Educação o inevitável papel de “vilão”, papel que, lamentavelmente, parece gostar de desempenhar.
Desde há muito que defendo, acreditando não haver outro caminho, a autonomia da escola pública, mas para tal é preciso que deixe de estar condenada a ter que escolher, como lucidamente disse António Barreto (anteriormente aqui citado por J. Serra), entre ser uma “repartição do ministério” ou uma “fortaleza dos professores”. Muito teria para dizer sobre tudo isto mas vou deter-me apenas em duas ou três questões que foram levantadas em comentários anteriores, neste blogue.
, segundo o novo modelo de gestão, passam a ser uma entidade monolítica da expressão da Vontade Geral do ME (…)”, disse acima Vasco Tomás. Como não acredito que tenha sido por desonestidade intelectual, só posso admitir que tenha sido por ignorância da lei que Vasco Tomás o disse. Quer se gosta ou não do novo modelo de gestão das escolas públicas do ensino básico e secundário, a lei que o define, o Dec-Lei 75-2008, diz no seu artigo 21º que “O Director é eleito pelo Conselho Geral”, tendo também este Conselho Geral a competência para o destituir (artigo 25º do mesmo decreto). No mínimo, é tendencioso dizer que o Director é “nomeado pela tutela”… Mais, o Conselho Geral é definido com sendo “o órgão de direcção estratégica” (artigo 11º) da escola, devendo-lhe o Director prestar contas (artigo 20º). (…) com a nova figura do Director, nomeado pela tutela.
Mas o que é esse Conselho Geral “todo poderoso”, que tanta repulsa causou aos meus colegas do Agrupamento de Escola de Santo Onofre? É um órgão em que estão representados todos os sectores da comunidade educativa (os professores também e por eleição), como na anterior Assembleia de Escola mas com uma grande diferença: nenhum dos sectores, só por si, tem a maioria (mas também não tem nenhum elemento nomeado pela tutela!). É neste pequeno grande pormenor que os sindicatos de professores encontram o “veneno mortal”. Pois é, os professores deixam de ser os “donos” da escola e isso é absolutamente intolerável para os sindicatos que ficam assim diminuídos da parcela de poder alcançada, pela via corporativa, na escola pública. Veja-se, a título de exemplo, o empenho do SPGL em todo este processo. É absolutamente lamentável que organizações (refiro-me aos sindicatos de professores) que tiveram um papel tão importante na democratização da escola após o 25 de Abril, tenham hoje um comportamento que considero verdadeiramente reaccionário, constituindo-se como um dos principais obstáculos à autonomia das escolas.
A escola pública não se defende com “procissões de fé”.

Edgar Ximenes"



A resposta foi a seguinte:

"'O estranho caso do professor Edgar Ximenes'. Imagine-se um texto que assim comece para percebermos que sobre deselegâncias ficamos conversados. Vamos ao que importa. Existem sempre dois caminhos para averiguarmos aquilo que se opõe ao que nós próprios pensamos. Um é o de se analisar com detalhe e genuíno interesse tudo aquilo que o adversário advoga. Para isso é preciso conhecer, um a um, os principais fundamentos que sustentam a sua posição. Mais não seja, para os desmontar. Outro caminho, bem mais básico, é o de escolher um qualquer desses fundamentos, elegê-lo arbitrariamente como se fosse relevante, ou mesmo o mais relevante, e esbulhá-lo até esgotar a mais zelosa sensatez. É o que o Edgar aqui faz. O texto apresenta duas ideias. Duas, que o Edgar repete com muitas palavras diferentes. Em primeiro lugar o Edgar quer muito recusar o maniqueísmo tonto em que a educação tende a cair. Professores bons e Ministério mau. Pronto. Estamos de acordo. Na Santo Onofre também achamos isso. Estamos conversados. A segunda e última informação que nos é dada pelo colega é que ele não gosta nada da “indevida apropriação que a “classe” docente fez da escola pública”. Óptimo. Não conheço ninguém que tenha a mais pequena vontade contestar a legitimidade em pensar assim. Estamos conversados. A pergunta que sobra é o que raio tem isto a ver com a Santo Onofre?
“Mas o que é esse Conselho Geral “todo poderoso”, que tanta repulsa causou aos meus colegas do Agrupamento de Escola de Santo Onofre?”, pergunta o Edgar; responde o Edgar: “É um órgão em que estão representados todos os sectores da comunidade educativa (os professores também e por eleição), como na anterior Assembleia de Escola mas com uma grande diferença: nenhum dos sectores, só por si, tem a maioria”.
E é, na opinião do Edgar, isto que “tanta repulsa” causou aos colegas do Edgar. Ou seja, os colegas do Edgar querem manter a tal “indevida apropriação” dos órgãos de “direcção estratégica”. E pronto. Está tudo explicado. Os colegas do Edgar querem fazer da sua escola um feudo, uma coutada, um privilégio, uma propriedade, uma tapada, um curro, um lupanar, um Olimpo, e impedir o acesso aos outros participantes da comunidade educativa. Aquilo que irrita os colegas de Sto Onofre é não terem a “maioria” nesse benévolo e benéfico Conselho Geral. Mais nada.
Caro Edgar. Não me leve a mal mas acredite que estamos, na Santo Onofre, cansadíssimos, mesmo que nos rebolemos a rir, com tantos disparates publicados na imprensa e nos blogues. O seu é mais um.

Rui Correia"


A resposta do Edgar foi:

"Registo, com satisfação, o facto do meu caro colega Rui Correia (...) estar de acordo comigo em tudo o que considero verdadeiramente essencial. É sempre um prazer falar com pessoas (...) que gostam de discutir ideias, mas já não tenho a mesma opinião sobre os que nos querem “dar música”…
Admito não estar na posse de todas as informações que, eventualmente, me permitiriam ter um ideia diferente daquela que tenho sobre a luta dos professores do Agrupamento de Escolas de Santo Onofre. De facto, o conhecimento que tenho baseia-se no que tem sido divulgado nos órgão de comunicação locais, do que se diz nos habituais locais de conversa da cidade e, o que talvez constitua surpresa para algumas pessoas, do que leio na imprensa da FENPROF e do SPGL (de que sou sócio mas de cuja orientação discordo). Talvez os colegas do Agrupamento de Escolas de Santo Onofre não se apercebam disso, pelo natural facto de estarem dentro do processo, mas a ideia com que se fica, para quem vê de fora, é a de que quem está a marcar a agenda e o ritmo do processo é a Direcção do SPGL (ainda hoje recebi um curioso SMS apelando para uma concentração, às 18h, junto EBI S. Onofre-Caldas… subscrita pela Direcção do SPGL). Esta ideia, a ser verdadeira, não me parece que traga grandes vantagens à vossa luta que, como qualquer luta, precisa de sobretudo de aliados e não de “tropa de choque”.
Neste blogue, assim como noutros sítios, têm apelado à comunidade para que se manifeste solidária com a vossa luta. Sendo assim, deviam ter a humildade de pensar que as razões da vossa luta podem não ser tão claras para a comunidade como o são para vós próprios. No meu entender, só teriam a ganhar se explicassem, pacientemente, os fundamentos do conflito e, sobretudo, não deviam deixar esse “crédito por mãos alheias”…
Para terminar, só queria manifestar mais uma perplexidade minha. Supondo que conhecem a lei, sabiam certamente que, segundo o ponto 1 do artigo 66º do Dec-Lei 75-2008, “Nos casos em que não seja possível realizar as operações conducentes ao procedimento concursal para recrutamento do director, que o procedimento concursal tenha ficado deserto ou que todos os candidatos tenham sido excluídos, a sua função é assegurada por uma comissão administrativa provisória constituída por três docentes, nomeada pelo director regional de educação respectivo, pelo período máximo de um ano escolar.” Sendo assim, estavam à espera de quê?
Caro Rui Correia, espero que aceite, sem ofensa, mais este “disparate” meu…

Edgar Ximenes"


Por cansaço, pedi ao Edgar que ficássemos por aqui apenas explicando um ou dois pontos terminais.

"Olá Edgar. Devolvo-lhe absolutamente as palavras de circunstância que me endereça. Tenho o maior prazer em esclarecê-lo. A contrariedade maior, contudo, prende-se com o facto de, como lhe disse antes, estar fatigado já de tanta tonteira. Fico contente por não me ter levado a mal o contraditório. É tão difícil polemizar com gente cordata que pensa de forma tão diversa da minha. Sou-lhe obrigado por tanto.

Não sei se imaginará a quantidade de pressões que temos penado ao longo deste processo. Acredite que não o injurio quando lhe afianço que não deve mesmo saber. É que são tantas e tão ignóbeis, algumas delas, que é por absoluta decência que não as tornamos públicas. Sindicatos, jornais, televisões, rádios, partidos, políticos, movimentos, associações, escolha... Já todos tentaram quase tudo o que se não admite. Na nossa mailing list, sobram hoje apenas os mais equilibrados. O resto que venha atrás se quiser. Esta é uma história que não envolve zaragateiros. Isso faz muita confusão a muita gente habituada a levantar a garimpa, como diz a minha mãe.

Quer um exemplo discreto? Veja que até já dizem nos media que falamos de "perseguição". Nunca, por nunca ser, utilizámos essa palavra. Em lado nenhum. Mas é assim. Vendas, sabe? Isso é o que é e tem o valor descartável que tem. Mas se o Edgar apenas se informa através dos jornais, tenho de lhe recordar o óbvio: não acredite em tudo aquilo que lê. Quer outro? Quando todos andavam a propor t-shirts e pins dizendo”Eu sou professor, não voto PS” nós por cá fazíamos os possíveis por dar a conhecer que não temos nada a ver com estes delírios. Até porque, já que estamos em onda de eleições, uma coisa é o que pensamos de um ministério e um governo, outra coisa é o que pensamos da Europa e outra ainda aquilo que achamos da administração de um município. E posso garantir-lhe que, à nossa luta, se associaram todas as falanges partidárias, coisa que tornaria problemática a tal adesivagem que o Edgar tão bem parece conhecer.

É, pois, uma espécie de contrafacção sua sugerir que alguém tomou as rédeas da nossa situação. Já todos percebemos que o Edgar não tem paciência para boinas Guevara e punhos no ar (a propósito, se o Edgar é sindicalizado no SPGL não é natural que receba sms do... spgl?). Da nossa parte, apenas lhe digo que não temos vocação nenhuma para o activismo barulhento. Ainda no outro dia dizia ao Paulo Prudêncio se se lembrava daquela canção do Rui Veloso que dizia "Não tenho jeito para estrela de rock'n'roll”.

Faço-lhe uma confidência, que ele permitirá: rimo-nos com gosto com tudo isto. A menoridade das pessoas que têm poder é tão espantosa que surpreende mesmo a mente mais experiente. E acredite que rimos mesmo com algumas propostas que por baixo da mesa vão sendo lançadas. Com gosto. Juro-lhe. E creio, por já não ser criança nenhuma, que posso concluir que essa menoridade vai sendo cada vez mais pequenina ao passo que os anos avançam. Você sabe lá o que foi o desvario telefónico a propósito da preparação de um Prós e Contras de um canal de televisão? Foi tal, que foram todos parar às urtigas. E por lá andam. Cheios daquilo que hoje se chama “visibilidade”.

Todos quantos quiseram, porque quiseram, transformar esta escola no que ela não foi, nem é - e acredite que algum proveito daí se traria – frustraram-se perante uma determinação sossegada em fazer deste processo aquilo que ele é. Um exercício livre, singular, de cidadania. A beleza disto tudo é que ninguém nesta escola concertou quaisquer posições. Todos fazem aquilo que decidem.
Quer mais outro exemplo? Num espaço de horas, cerca de duzentas pessoas de todo o país quiseram por solidariedade subscrever a nossa moção. Explicámos, com modos, por que razão essa dádiva não faz sentido. Por isso é que as suas palavras teimam em não acertar. O Edgar tem lá a sua agenda e segue-a com a determinação que as suas legítimas convicções alimentam. Mas não se equivoque em demasia. Senão faz connosco aquilo que tanto amaldiçoa. Procura, algo desesperadamente, colar-nos a qualquer coisa a que, francamente, não estamos colados. Quanto à questão do artigo 66º nem sei já por onde começar; sempre sugiro que o Edgar o leia e estude melhor; a não ser que o Edgar considere ter mais informada apreciação causídica do que um eminente jurisconsulto que tem dito coisas lapidares sobre o 75/2008.

Espero que, do que lhe digo, deduza a longínqua distância de onde o Edgar observa o que se passa por cá. E é mesmo preciso estar por cá para se ver. Tem sido bonito, sabe? Muito bonito. Não sei até onde, ou até quando as pessoas estão dispostas a ir. Nem é isso o que mais releva. Ou talvez seja. Uma coisa, meu amigo, é indubitável, diga o Edgar o que queira, nesta escola o livre arbítrio domina todas as conversas.

Quando diz "deviam ter a humildade de pensar que as razões da vossa luta podem não ser tão claras para a comunidade como o são para vós próprios" volta a emprestar ênfase tonitruante a nenhuma substância. Somos, repare bem o Edgar, apelidados de termos tomado as posições mais claras de todas e que se resumem assim: um voto conta. É nisto que acreditamos. Ora, como diz o Edgar, "Sendo assim, estavam à espera de quê?".

_____

Agora se não se importa – e peço desculpa ao João porque o imagino contente por servir de anfitrião a uma polémica educada – vou ali já venho, porque estou mesmo muitíssimo ocupado com outros enormes projectos de vida. Existe, como sabe, vida para além da escola. E por ali a luz é ainda mais bonita.

Receba um abraço do seu amigo
Rui Correia"
publicado por Rui Correia às 13:31
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De Rui Correia a 18 de Abril de 2009 às 16:16
Removi, como o farei de hoje em diante, comentários imaturos de quem aqui não venha por bem. Aqui, à semelhança das melhores companhias de outros lugares, é mesmo reservado o direito de admissão.
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