Agora que o partido republicano enterrou dois dos seus melhores protagonistas, John McCain e Ron Paul (o meu favorito), e ficou amplamente demonstrado como o partido representa ainda um vivíssimo sector retrógrado e fundamentalista norte-americano que tem em Palin uma líder incontestada, pesa já sobre a administração Obama o ónus da superação de uma crise incomparável (sobretudo com a de 1929, como tantos fizeram e farão). Não começa bem o novo presidente, com uma munificente ajuda financeira a uma indústria automóvel que não soube perceber que o futuro rentável dos seus produtos passa por diminuir corajosamente o segmento petrolífero das suas opções tecnológicas. Como todos os outros (alemães, coreanos e japoneses) estão a fazer. Todos queremos carros mais eficientes, eléctricos e modernos. Por mais lindos que sejam os automóveis dos anos cinquenta (os mais maravilhosos de sempre) o mundo é outro. Para já, os administradores das big three - que poderão passar a big two - levam 25 biliões de dólares para suavizar decisões comerciais, industriais, laborais e estratégicas anacrónicas. As mesmas que conduziram a esta crise do sector, bem anterior à crise financeira. Fala-se em mais outro tanto para 2009.
Mas porque a dignidade é inestimável fica aqui o McCain que julgava conhecer:
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