Segunda-feira, 31 de Dezembro de 2012

interrupção

Caros amigos

Em virtude de me ter comprometido com uma candidatura, como independente, a um novo momento de intervenção cívica em que terei outras responsabilidades, concluí que não faz sentido procurar conciliar essa aventura com este meu espaço de intervenção pública, por razões que, até, eticamente se me impõem. Informo assim que irei suspender até um dia a dinamização deste nosso "postal" - um verbário que é uma plantação de posts -  que de 2004 a 2012 me trouxe numerosos frutos e flores de júbilo e de desafio.

Pelos vossos milhares de comentários e consideração estar-vos-ei sempre muito obrigado.

publicado por Rui Correia às 12:46
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Domingo, 30 de Dezembro de 2012

Olímpio

 

Sobre o meu querido Olímpio. Cinco anos. Parece que foi hoje. Não consigo apagá-lo dos meus contactos. Hei-de cumprimentá-lo sempre dessa forma. E ele a mim.

 

Aqui

publicado por Rui Correia às 23:38
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Sábado, 10 de Novembro de 2012

infantarias

Estava eu em plena instrução militar sobre guerra bioquímica quando nos deram a todos um kit de sobrevivência. O tenente responsável pela instrução acabara de o apresentar e de o explicar. Era coisa mesmo intensa: incluía uma seringa já cheia de um antídoto genérico que deveria ser auto injectado na coxa o mais rapidamente possível após a deflagração de projécteis tóxicos. Silêncio geral. Nada mais cool.

 

Era um saco forte transparente a embrulhar um outro saco de cor verde azeitona, que por sua vez, envolvia o kit, tudo devidamente selado e datado. Era americano, fornecido ao exército português. Através do saco transparente podia ler-se as informações de utilização, em inglês. Nunca me esqueci da primeira:

 

“1 - rip the transparent bag” – rasgue o saco transparente.

 

Vejamos: sou da infantaria. Explode um petardo químico ao meu lado. Imagino que numa situação em que acaba de explodir um petardo tóxico ao nosso lado possamos estar todos em stress. Ágil e imediatamente, pego no meu saco antiquímico. Que fazer agora? A ideia pela qual seja necessário explicar que é necessário rasgar o saco transparente que envolve o kit, é realmente qualquer coisa de... infantil. Em que situação, pergunto-me, sabendo que aquele kit pode salvar-me a vida, eu iria perder tempo a interrogar-me: "Que hei-de eu fazer com este saco que tem cá dentro tudo o que preciso para salvar a vida? Como aceder ao seu interior? É que o saco está selado e não tem aberturas. Se não tiver nas mãos o que o saco tem lá dentro, irei morrer. Por que não fizeram umas aberturas neste saco de plástico para que eu pudesse ter na minha mão o que o saco tem lá dentro?"

 

Também há aquele poema do Bertold Brecht que diz que eu sou um idiota. Sempre o tomei pessoalmente, à letra.

 

Hoje, sozinho em casa, fui experimentar aquecer uma lasanha pré-feita no forno. Fui ler as instruções para forno tradicional. “Retirar a folha que cobre a forma transparente e retirar a forma preta”. Retirei a película transparente e a forma preta onde vinha a lasanha. Fiquei com a lasanha congelada nas mãos e continuei a ler: “Em seguida, aquecer a forma preta”.

 

Invadiu-me um retemperador contentamento. Não sou o único idiota deste mundo.

 

 

 

 

publicado por Rui Correia às 15:35
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Sexta-feira, 9 de Novembro de 2012

olmáiti

 

Com um allmighty Celtic a vencer sobre o allmighty Barcelona e uma allmighty Académica a vencer um allmighty Atlético de Madrid, esta teria sido uma boa semana para ser um apostador fanático.

publicado por Rui Correia às 10:19
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Quinta-feira, 8 de Novembro de 2012

4ward

A política como a vejo: vencer ou perder com elegância.

publicado por Rui Correia às 20:02
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Avante

Nota pessoalíssima sobre a assembleia participativa do Orçamento Participativo (OP) nas Caldas da Rainha

Estou muitíssimo satisfeito com a participação da população caldense - muitos jovens, de resto - na segunda assembleia participativa para o OP. Alguma frustração com a condução dos trabalhos, que dá também os primeiros passos neste tipo de eventos, mas uma frustração "boa". Com isto quero dizer que alguma inexperiência na organização de um dossier com este tipo de participação livre e intensa chega a ser hilariante. Chegar a uma assembleia e dizer que algumas candidaturas não foram "aceites" e que apenas 4 propostas puderam ser "aceites" e que, como o conjunto das quatro não atinge os 150 mil euros, não vale a pena fazer nada - nem apreciar publicamente, nem votar - é cavar a própria sepultura do processo. Não é risível. é hilariante. Naturalmente, as pessoas insurgiram-se imediata e justificadamente contra este modus operandi. Mas fizeram-no com a maior autenticidade. A mim, um bom amigo sugeriu-me salazarista, e outro cidadão com sotaque estrangeiro desabafou que o que eu estava a dizer era-lhe irritante. Tudo isto, como compreenderão os que me conhecem melhor, divertiu-me muitíssimo, sem mesmo dar importância ao facto de um e outro terem feito questão de cortesia - inesperada e escusada, de resto - de me pedir desculpa.

Escolho "hilariante" porque é mesmo hilariante ver a mobilização e a agitação que este primeiro tentame de orçamento participativo gerou. Depois de anos a fio a ver derrotada a proposta de implementar o OP nas Caldas da Rainha, é fácil imaginar o deleite cívico que me causa ao ver os meus concidadãos a combater por verem as suas propostas finalmente debatidas e, claro, aprovadas. É, concluo, este meu irritante salazarismo que me anima. O facto de um OP ter sido aprovado pela maioria psd - tarde e a más horas, como de costume - é, para mim, porém, algo de grande importância.

Iniludível: 150 mil euros estão nas mãos dos cidadãos. Antes era 0€. A minha parte está feita. O demais é opinião.

Quem está interessado em que isto corra mal?

Dois candidatos:
1 - aquele que nunca o aplicou e quer provar que teve razão em nunca o ter feito porque esta coisa de escutar as pessoas é uma grande confusão;
2 - aquele que encontra aqui uma bela oportunidade de ter púlpito e público para se dizer acampado "do lado do povo", nessa crença paternalista de que uma boa malha e um discurso catita encantam mais votos.

Pareceu-me a assembleia errada para tentar essa condescendência, confirmando o que já antes testemunhei por diversas vezes.

Gente muito atenta, informada, política no sentido rectilíneo da palavra e com vontade de dizer presente. Vi pessoas calmíssimas enervadas como antes nunca as vira e gente a aproveitar esta frustração para seguirem outras agendas que se vêem à vista desarmada, sem lupas, nem binóculos.
Mas afinal o que é que se decidiu, e mais uma vez, por unanimidade:

1 - reapreciar as propostas com apoio técnico da Câmara (a bondade da minha proposta de unidade de apoio às candidaturas para OP acabou por se demonstrar com naturalidade) até à próxima sexta-feira.
2 - dar oportunidade a TODAS as propostas de se refazerem e serem novamente apresentadas e não apenas as que foram rejeitadas por não orçamentação.
3 - garantir que as propostas que se apresentem com os dados cruciais para irem parar a um orçamento (como é que uma proposta para integrar um orçamento não chega orçamentada é algo que me escapa) sejam apresentadas e votadas publicamente de hoje a uma semana - same time same place.

Enfim, uma belíssima noite de cidadania. Venham mais assim. É tudo o que me move, farto como estou de tanta, poderosa, resignação. Ver os poderes instituídos a levar nas orelhas porque não fizeram bem o trabalho de casa é sempre um deleite. Toda a gente o sabe. Mas ver os poderes instituídos a admitir esses erros - como hoje aconteceu - durante e depois da assembleia, é igualmente sinal de uma maturidade e rectidão que muito prezo.

Agora restam-me, para meu bel-prazer, mais duas ou três coisas:

1 - Ver esta assembleia a conhecer as propostas (5 minutos, cada) e votar.
2 - Ver esta assembleia participativa a aprovar uma moção pela qual seja substantivamente ampliado o montante para o próximo orçamento participativo.
3 - Ver esta assembleia a constituir uma comissão de redacção do regulamento do próximo orçamento participativo.

Isto vai correr bem. Parabéns a todos, sem excepção.

Mesmo os que.
publicado por Rui Correia às 01:48
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Sexta-feira, 2 de Novembro de 2012

Deborah Lipstadt em Portugal

 

Nem sempre temos a oportunidade de ver pessoas que realmente nos envolvem pela cultura, sagacidade, coragem e inteligência cívica. Passou por Portugal uma delas, num colóquio recente sobre o holocausto e Portugal, onde me inscrevera mas não pude participar por importâncias maiores. Chama-se Deborah Lipstadt e é especialista de renome mundial do estudo sobre o negacionismo - melhor: a ilegitimidade intelectual do negacionismo - que deixou por cá uma palestra absolutamente de nível estratosférico e que pude seguir em directo a partir de casa através do live feed da Fundação Calouste Gulbenkian. (Como de costume, nem uma linha mediática sobre a sua presença).

 

Vale completamente a pena assistir a essa sua comunicação que muito vos recomendo pelo que tem de pragmaticamente erudito, interventivo e humorado, tudo coisas que me cativam até à medula.

 

Aqui.

 

(ou como diria a minha sempi(n)terna Joni Mitchell: "girls that really play")

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publicado por Rui Correia às 00:52
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Quinta-feira, 1 de Novembro de 2012

Unidos

 

Sou benfiquista pela única razão possível por que alguém é do Benfica: porque sim. Mas não em Voleibol. Aí sou caldense de gema, clara e casca. Hoje perdemos. Mas nem sempre ganhar é o que mais importa. Pelo menos não por enquanto. Viva o voleibol das Caldas e um grande - não único - motivo de orgulho desportivo deste concelho.

publicado por Rui Correia às 23:31
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Quarta-feira, 31 de Outubro de 2012

...

Três mil, duzentos e dez gramas de sereníssima majestade.

publicado por Rui Correia às 23:37
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Terça-feira, 30 de Outubro de 2012

espumas

Sou um tipo livre. Aparecer em jornais limita-me essa alforria. Mas permite-me contar histórias que é uma das coisas que eu mais gosto de fazer. Há quem fique em bicos de pés quando estas coisas publicadas acontecem. Não critico ninguém por isso. Apenas sei que existe uma forma de perceber a irrelevância social destas publicidades: a minha filha a pedir-me para ser o seu burro. Nada como ter as ferraduras bem assentes no chão.

 

 

 

publicado por Rui Correia às 23:00
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Sábado, 27 de Outubro de 2012

Más caras

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E, de repente, passou a ser ela o lobo mau, para pânico indisfarçável do mais trabalhador dos três porquinhos.
publicado por Rui Correia às 15:54
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Sexta-feira, 26 de Outubro de 2012

O lobby mau

Quanto custará cada jornalista no público em comparação com um jornalista que trabalhe no privado?

 

publicado por Rui Correia às 13:46
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A chama de Schama

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Controverso mas não polémico, Simon Schama é, com possibilidade de errar, o mais conhecido historiador inglês. Contesta-se-lhe o interseccionismo histórico que lhe permite vaguear entre épocas incomparáveis e deambular entre a micro e a macro história sem o menor pudor. Há quem chame a isto irresponsabilidade metodológica e depois há aqueles que, como eu, gostam de tudo isso. Pelo que este discurso necessariamente tem de adogmático e, por isso apenas, de humanista.

 

Mas não apenas por isso. Porque o distanciamento histórico, esse mito, pressupõe a possibilidade de elaborar discursos desprovidos da tentação ideológica ou, mais incredível ainda, egocêntrica. Petulâncias de grandeza, acredito-o. Schama tenta capturar a narrativa histórica em tempo real. O ontem, aqui e agora, como se apenas isso, o presente, importasse. E creio ser essa a principal razão da minha atracção antiga por esta abordagem. Pela história, de resto.

 

Porque sempre desconfiei daquela frase, sentença mesmo, que se aprende nos bancos de escola e que nos adverte que o passado serve para explicar o presente. Tive sempre para mim que a coisa funciona ao contrário. Mais do que ser o passado a explicar o presente, é o presente que explica o passado. Nenhuma narrativa sobre o passado é possível sem a constrição produtora do que sabemos sobre o presente. Só a partir da nossa experiência é que olhamos o passado. Todo o verbo no passado é conjugado no presente. Daí se parte.

 

Daí a invulnerável falibilidade do passado. Creio que o mais que podemos almejar em matéria de conhecimento histórico é o de não defraudar o presente e depauperar tudo quanto somos presencialmente na averiguação de tudo quanto nos antecede. O documentário - resultado de um livro - "O futuro da América", que ontem passou na sempre honrosa e nem sempre maçadora rtp2, representa bem este virtuosismo narrativo entre épocas históricas e dimensões historiográficas de Simon Schama.

 

Mas a linguagem, senhores... A qualidade imaginativa e criadora da linguagem do historiador é um prazer absoluto. A rendição à comoção desdramatizada, avessa ao pathos mas com o humor e a gravidade solene que devem ter-se quando falamos de coisas realmente sérias da vida. Perspicácia vivaz e documentação criteriosa tornam este trabalho um exercício de limpeza metodológica e de indesmentível serventia intelectual. Um prazer acessível a todos.

publicado por Rui Correia às 11:47
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Mal vai

O meu maior mistério acerca do actual momento do Sporting Clube de Portugal é como é que é possível um clube estar em tão mau estado sem ter candidaturas a presidente tão execráveis como aquelas que disputam as eleições no Benfica.
publicado por Rui Correia às 11:19
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Quarta-feira, 24 de Outubro de 2012

Cabeça na lua

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publicado por Rui Correia às 20:55
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Terça-feira, 23 de Outubro de 2012

Obra sua


Há 150 mil euros para gastarmos no que quisermos. Dia 26 de Outubro, esta Sexta-feira, pelas 21h00m no auditório da Câmara Municipal das Caldas da Rainha, os munícipes vão poder propor obras no valor de até 150 mil euros para serem... feitas.

 

  • Um canil/gatil para as Caldas,
  • requalificação de parques infantis,
  • alargamento de faixas para vias pedonais ou ciclovias,
  • limpeza de graffittis,
  • iluminação pública,
  • uma estátua ou um monumento a erigir,
  • rede de dados sem fio (wi-fi) pública gratuita,
  • cobertura de um parque infantil,
  • instalação de semáforos,
  • colocação de sombreamentos para parques de estacionamento,
  • um festival de artes,
  • equipamento de uma cantina social,etc., etc.,

 

tudo é possível propor.

 

Esta é a primeira edição nas Caldas da Rainha e resulta de uma contenda intensa que levou anos até aqui chegar. Há quem deseje que este processo não resulte, para que com isso se prove que o Orçamento Participativo nas Caldas da Rainha não diz nada a ninguém.

 

Cumpre participar na próxima Sexta-feira com um projecto comunitário que seja, pela primeira vez, da autoria dos próprios cidadãos e não apenas dos políticos.

 

Participe.


Venha apresentar a sua visão para a sua rua, a sua comunidade, o seu bairro, a sua terra, a sua cidade, o seu concelho.

 

Consigo Caldas Consegue.

publicado por Rui Correia às 15:15
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The day AFTA

Num congresso recente chamei a este governo de Passos Coelho, o governo da pílula do dia seguinte. Funciona assim: hoje digo ou faço uma coisa e amanhã explico o que não queria nem dizer nem fazer. Depois nem digo , nem faço. Desta vez chega-se ao ponto boçal de explicar para que serve a tarifa bi-horária. Aqui. ufa.

 

PS. Afinal a RTP2 não acaba. Fonte do governo disse hoje que.

publicado por Rui Correia às 14:42
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Holocaustos

Tocante, a referência de Obama neste último debate - e o mais interessante de longe - com Mitt Romney, à sua visita ao Yad Vashem. No dia em que morre o mais antigo sobrevivente de Auschwitz estas palavras servem um propósito de homenagem que, sei-o muito bem, será devidamente escutado.

(A propósito, as palavras de Mitt Romney sobre a China ("currency manipulators"?!), são notoriamente irresponsáveis. Dizer depois disso que "I want a good relationship with China" é pura estultícia.)
publicado por Rui Correia às 03:28
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Segunda-feira, 22 de Outubro de 2012

Contra publicidade

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Se dissessem a uma mulher que, ao escolher um hotel, iria acordar ao lado
do Ralph Fiennes, do tântrico Sting, do tatuado Robbie Williams, do George
Clooney, do Brad Pitt, do Jude Law, do Jonathan Rhys Meyers, ainda vá que
não vá. Mas chegar a Bruxelas e ver um hotel a caminhar desta forma para o
seu precipício empresarial é algo de desconcertante.
publicado por Rui Correia às 17:20
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Tropa em tropel

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Chega a ser impressionante o mal estar que se sente nas Forças Armadas até
ao mais alto nível. Um congelamento de progressões e um garrote orçamental
que paralisa toda e qualquer previsão de vida impôs finalmente o que
nenhuma força militar pode tolerar: neste momento muitos são os militares
que pagam, literalmente pagam, para trabalhar. Os militares sentem esta
coisa brutal pela qual a excepcionalidade das suas funções sociais não
conhece qualquer respeito. Nenhum privilégio lhes pode ser atribuído e
todas as limitações lhes servem como um sapatinho de cristal, vivendo-se
numa espécie de rusticidade institucional. A coisa parece funcionar assim:
para melhor já basta assim, para pior está bem, está bem. Lembro-me sempre
de uma voz popular que advertia há uns anos atrás: não brinquem com a
tropa. Sempre levei isso a sério.
publicado por Rui Correia às 17:19
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